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Pode ou não jogar papel no vaso sanitário? Saiba tudo sobre a prática

Há diversos pontos a serem observados quando nos perguntamos se pode ou não jogar papel no vaso sanitário, tanto relacionadas à higiene quanto às estruturas sociais de nosso país. Ainda, a cultura também é um caso a ser considerado, visto que fomos ensinados, aqui, a jogar sempre o papel usado no lixo.

Por isso, hoje, a Fossa Trat vai destrinchar o conteúdo, mostrando se a prática de jogar ou não jogar papel no vaso sanitário é certa. Acompanhe o post e sane suas dúvidas, vamos lá!

Jogar papel no vaso sanitário: prática certa ou errada?

Em linhas gerais, pode-se dizer que jogar o papel no vaso sanitário é uma prática errada, visto que a maioria das casas no Brasil ainda possuem uma rede de esgoto mais antiga, com falhas e canos mais curtos com diversas curvas.

Por isso, é comum que haja entupimentos, vazamentos, canos estourados, entre outras coisas que impedem que a prática de descarte de papel no vaso seja a mais correta, mesmo ela sendo a mais higiênica.

algumas exceções. Em grandes centros residenciais, como prédios mais novos ou regiões em que há a rede de esgoto mais sofisticada, é possível jogar o papel na privada, porque a pressão de água e os desníveis elevados impedem os entupimentos.

Mas vale lembrar que apenas o papel pode ser jogado, pois contém propriedades biodegradáveis. Coisas como absorventes, bitucas e preservativos devem ser colocados no lixo.

Comumentemente ouvimos comentários de pessoas de países estrangeiros que acham que a nossa prática de jogar papel no lixo é estranha, mas isso é porque os aspectos culturais deles sempre ensinaram que o descarte deve ser feito no vaso sanitário. Entretanto, muito mais do que algo relativo à cultura, as estruturas das cidades são bem diferentes.

Em sua maioria, os países da América do Norte, Europa e da Ásia possuem um saneamento básico muito melhor que o do Brasil. Assim, suas redes de esgoto são mais capazes e pouco sujeitas a problemas.

O que dizem as entidades? Luta pela economia de água!

No Dia Mundial da Água de 2015, diversas ONGs que lutam para evitar o desperdício de água lançaram uma cartilha que instruia a não jogar papel higiênico no vaso sanitário. Isso se deve ao fato de que o ato consome mais água do que uma descarga comum, fazendo a pressão necessária para o papel descer.

Duas mãos, uma entregando copo de água para outra

Ainda, um documento lançado pelo Instituto Socioambiental, juntamente com a Aliança pela Água e outras entidades, intitulado “Água: Manual de Sobrevivência para a Crise”, também discorreu sobre o assunto para conscientizar as pessoas a não fazerem isso e economizarem água.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Agência Nacional de Águas (ANA) divulgados em 2020 afirmam que, em 2017, o consumo de água foi de 329,8 trilhões de litros. Ou seja, em média, 116 litros de água por dia. Número alarmante se considerarmos o desperdício envolvido.

Como anda o saneamento básico no Brasil?

Nos grandes centros urbanos, é comum que a população tenha acesso à água tratada, coleta de esgoto e esgoto tratado. Entretanto, os números estão longe de serem satisfatórios. Números do Instituto Trata Brasil do primeiro semestre de 2020 afirmam que:

  • 83,6% da população brasileira tem acesso à água tratada;
  • 53,2% usufrui da coleta de esgoto;
  • 46,3% tem esgoto tratado;
  • 38,5% da água captada sofreu perdas.

Vale lembrar que a maioria desses dados consiste em regiões mais ao Sul do país. No Norte, os dados recolhidos não chegam a 20%.

Local onde é realizado o saneamento básico

Apesar de alguns dados terem melhorado, como acesso à água tratada, ainda há muito desperdício, coisa que deve ser evitada a todo custo, tanto para conseguir abastecer mais famílias brasileiras quanto para ajudar e cuidar do meio ambiente. Esse prejuízo chega a bilhões de reais, um retrocesso para um país que deveria ser melhor desenvolvido.

Por que o Brasil deve investir mais em saneamento básico?

Primeiro de tudo, o saneamento básico é um direito do povo, assegurado pela constituição, regulamentado pela Lei 11.445/2007. Esse direito deve garantir o acesso, para toda a população, a serviços como distribuição de água tratada, coleta de esgoto e seu tratamento, drenagem urbana e coleta dos resíduos sólidos produzidos.

Sabemos que, na prática, não é exatamente isso que acontece, o que interfere diretamente em questões sociais e econômicas. Nisso, há um aumento da desigualdade, diminuição da saúde do povo, decaimento da qualidade de vida e diminuição do desenvolvimento econômico do país. O surgimento de doenças causadas pelo esgoto é um problema público.

Por isso, é preciso que o governo invista em produtos, como biodigestores, e programas que assegurem que tudo isso seja entregue com qualidade, principalmente em regiões que estão abandonadas, com a miséria atingindo cada vez mais as famílias.

Local de tratamento de água

Além disso, campanhas de conscientização devem continuar existindo para que aqueles que têm tudo isso ao seu dispor tenham em mente que o consumo exacerbado de água e a produção de muitos resíduos descartados de modo incorreto prejudicam o desenvolvimento da sociedade.

Jogar o papel higiênico no vaso sanitário seria viável se o país fizesse mais investimentos e, consequentemente, obtivesse a infraestrutura ideal para tal prática. Como não é assim, deve-se evitar esse tipo de descarte!

O que achou disso tudo? Para saber mais sobre tratamentos de esgoto, cuidados com os encanamentos e mais, não deixe de acompanhar o blog Fossa Trat!

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